Eu poderia vir aqui e escrever páginas e mais páginas sobre como eu sempre tentei começar um blog, desde criança — sim, fui influenciado positivamente por iCarly — , e nunca consegui manter. Mas essa história é muito longa. E não é parte do meu objetivo aqui expor coisas tão pessoais. Por isso, vamos começar com algo mais recente: as primeiras semanas de 2023.
Logo antes da virada do ano, todo mundo costuma fazer uma balança de como foram os últimos 12 meses, pessoalmente e profissionalmente. Na segunda, meu 2022 foi bagunçado. 2021 e 2020 também, mas claro… quem sai são de uma pandemia no Brasil durante o governo Bolsonaro? Tudo isso afetou como no relacionamos e, principalmente, como você se relaciona consigo mesmo. Eu acabei me perdendo e fiz uma série de escolhas erradas ou equivocadas. E tenho me lamentado por isso.
Em um bar, esses dias, um amigo comentou “não contrato o Fernando porque ele logo vai sair”. Isso doeu demais. Sei que foi brincadeira, mas é como se ele tivesse sujado o dedo de areia e tocado na minha ferida. Eu ainda tô achando a minha praia, como dizem. Ou minha voz de artista, como ouvi falar logo depois desse dia, quando, na minha vontade de ser uma pessoa melhor em 2023, pensei em voltar a ser leitor e decidi, de repente, comprar “O Caminho do Artista”, da Julia Cameron. Fiquei tão animado que cheguei em casa e pedi o “Mostre Seu Trabalho”, do Austin Kleon, na Amazon.
Tô tentando ler os dois ao mesmo tempo, porque acho que são complementares. “O Caminho do Artista” é um programa de 12 semanas com tarefas e reflexões sobre nosso “eu-artista”, através de ferramentas como as páginas matinais e o encontro com o artista. A autora sugere que a gente encontre um grupo para participar desse programa juntos — embora fazer isso sozinho seja possível. Em “Mostre Seu Trabalho”, o autor nos encoraja a mostrar o nosso processo, não só o resultado final. Bom, juntei uma coisa com a outra e… bom, cá estamos.
Minha intenção é que durante essas 12 semanas do programa eu compartilhe o que tô aprendendo, aqui e no meu TikTok. Vou mostrar semana por semana as tarefas e, por consequência, minha evolução — espero. Além disso, pretendo mostrar um pouco do meu processo de criação no trabalho por aqui — já trabalhei em agências de publicidade e atualmente coordeno a produção dos alunos no LACOS, laboratório de conteúdo da FAESA. Se tem uma coisa que esses alunos rendem é história pra contar.
Um brinde ao meu amigo que zoou com a minha cara, despertou 37 gatilhos em mim e me fez tentar tomar um rumo na vida. Até semana que vem, então?